sábado, 26 de novembro de 2011

Nota Zero a uma professora de artes da rede municipal de Uberlândia.(castigos e desmotivação)

Ely Paschoalick explica porque esta professora municipal merece nota zero e sugere outras medidas de correção comportamental.
Um dia, caiu em minhas mãos, através da mãe do aluno abaixo citado, uma Ata encaminhada por uma escola do município de Uberlândia, ao promotor da criança e adolescente, feita por uma professora de artes.

 A professora de uma escola municipal de Uberlândia inicia seu relato dizendo:
“Hoje o aluno (10 anos) estava atrapalhando o andamento da aula de educação artística (teatro), resolvi conversar com ele pois outras vezes ele já foi advertido por mim”.

“Pedi que ficasse em silêncio, respeitasse as regras da aula, senão teria que deixá-lo sem Educação Física. Utilizei esta estratégia pois outras vezes funcionou”.

“Então voltei à aula continuamos mas percebi que ele ainda atrapalhava”.

“Depois de alguns instante disse:
___Fulano, você está sem Educação Física!”

“Ao que ele respondeu: ___ Não estou!
Então deixei e continuei a aula”

Professora, com todo respeito, a senhora erra em intenção e ação.
Em intenção porque no lugar de resolver chamar a atenção do aluno motivada pelo fato de conseguir que ele participe de sua aula, o que seria um bom motivo, a senhora resolve  chamar a atenção porque já o advertira outras vezes e motivada para que ele não atrapalhe sua aula.
Neste caso sua ação foi considerar sua aula como mais importante do que a participação do aluno em sua aula.
Por isso creio ser importante a professora dar mais  valor a cada aluno do que a cada parte da atividade pré-programada pela senhora.
Digo que errou em ação porque ameaçou tirar-lhe a aula de Educação Física, a qual a senhora não ministra.
Não se corrige professora, com ameaças.
Ameaças e críticas são maneiras de afastar o indivíduo do compromisso consigo mesmo.
Ele passa a se compromissar com os prêmios e castigos.
Quando o aluno lhe respondeu: __ “Não estou!”
Deixou bem claro a ameaça que ele tentava fazer-lhe na intenção de confrontá-la oferecendo-lhe reciprocidade a sua ameaça ou seja ameaçando-a também.
O aluno usou a única arma que lhe restava: sua vontade.
A senhora cutucou a onça com vara curta. Por quê? Para que?

Mesmo que a senhora se defenda dizendo que sua intenção era incluí-lo participativamente em sua aula o que a senhora fez foi excluí-lo de sua aula e da aula de Educação Física.
Deparo-me com o restante de seu relato e percebo o tanto que a senhora deixa se irritar por este aluno. É preciso lembrar que a senhora é adulta e profissional e ele é criança e aprendiz. 
Lendo o restante de seu relato fica claro como a senhora tentou que o aluno produzisse uma prova contra si mesmo e ainda assinasse uma confissão de culpa. Leiamos:
“Resumindo: a aula estava encerrando e resolvi registrar como ocorrência o porque da punição.”
“Chamei-o para assinar e ele assinou apenas os dois pré-nomes.”
“ Ao insistir para assinar o nome completo, o menor jogou minha caneta no chão e a chutou querendo me agredir.”
“Disse-lhe: Isto não ficará assim. Você precisa me respeitar! Vou lhe suspender!”
“Resolvi fazer isto pois esta é a punição mais extrema que posso realizar pois o aluno passou e passa dos limites.”
“Ele não tem respeito, está fazendo o que quer pois ninguém pode fazer nada. Já estou sabendo que conversar com a mãe não adianta.”
Neste relato fica claro para mim alguns aspectos implícitos na frase que expressa a atitude tomada pela senhora: “Então deixei e continuei a aula”:
1-      O aluno não atrapalhava tanto assim pois a senhora continuou a aula com a presença dele.
2-      A senhora deixou e continuou sua aula imbuída de um desejo de vingança pois sabia que ao final seria ganhadora na não inclusão dele na aula de Educação Física e numa possível suspensão – sua arma maior. (exclusão).  
Logo depois a senhora chama o aluno para assinar e ele assina os dois pré-nomes.Sobre este fato concluo:
1-      O aluno não é tão insolente ou sem jeito ou desrespeitador como a senhora afirma pois ele foi obediente e assinou.
2-      A senhora não se contentou com o fato dele assinar uma prova contra si mesmo e exigiu que ele assinasse o nome todo.
Mais uma vez cutucou a onça com vara curta.
E o que deu? A onça reagiu: “o menor jogou minha caneta no chão e a chutou querendo me agredir”.
 Sua maneira de tratar o menor foi desrespeitosa e em nenhum momento a senhora relata que estimulou-o a assinar o relatório como parte de um contrato, de um plano de ação para ele melhorar e crescer mais feliz, mais sábio, mais criativo, mais comunicativo e outras qualidades que a maravilhosa matéria que a senhora ministra propicia aos educandos.


Ao final a senhora efetua uma crítica à genitora do menor, como se ele fosse realmente um caso perdido.
Quando a senhora escreve: “está fazendo o que quer pois ninguém pode fazer nada” fica claro que seu desejo era agredi-lo ou excluí-lo e fico pensando o que está por trás do “poder fazer alguma coisa!”, que coisa?
Devolve-lo para a barriga da mãe?
Levá-lo para bem longe da escola e das suas aulas?
Com certeza fazer um acompanhamento amigável no sentido de conquistar este aluno para que ele se sinta compromissado com boas atitudes e zeloso por sua boa imagem não foram possibilidades de fazer algo que passaram pela sua cabeça.
Ao afirmar: “pois ninguém pode fazer nada” a senhora resolveu excluí-lo e rotulá-lo através desta Ata.
Finalizando o relatório a senhora chamou um monte de testemunhas... demonstrando o quanto se sente fraca, impotente e incapacitada para enfrentar mau comportamento de alunos.
Nota zero para a senhora professora de artes!
 Saiba professora, que orientei a mãe deste menino a mudar-se de Uberlândia para Brasília e procurar uma escola especializada para crianças super-dotadas e o menino está frequentando uma escola assim e uma escola normal porém com professores especializados e está produzindo muito. Logo, logo, o Brasil terá mais um cientista ... mas se dependesse da senhora, com certeza teria mais um trombadinha.


Dicas dos 4 P’s da Educação:  Vamos estudar um pouco mais de arteterapia para a senhora conhecer a grande estratégia para mudanças comportamentais que sua matéria pode oferecer. 
WWW.twitter/elypaschoalick

NOTA ZERO PARA UM Professor de matemática de escola estadual

Este artigo foi publicado na coluna : Professor nota zero


            Ely Paschoalick comenta sobre a química das emoções e porque um professor de matemática de uma escola estadual merece nota zero.

 Só posso dizer aqui que nosso professor nota ZERO de hoje, leciona matemática na 8ª série do ensino fundamental - 9º ano - em uma escola pública estadual da cidade de Uberlândia.

Em todas as aulas e a todo momento ele ameaça seus alunos de tomarem bomba. Abaixa o seu tom de voz e diz: "Este exercício vai cair na prova"!.

Recebe porisso uma nota ZERO! 000000000 daqueles zeros bem redondinhos como é seu costume dizer com um certo prazer nos lábios, quando devolve a prova de algum aluno baguncento.

Temos certeza de que este professor, que se julga O PROFESSOR só faz isto e não consegue resultado positivo com seus alunos por falta de uma formação continuada.

Professores há muito tempo deparam com um novo tipo de aluno que não estuda, não faz as tarefas, não sabe prestar a atenção e é irreverente.

Faltando-lhe uma formação continuada adequada, que lhe instrumentalizasse nosso professor nota ZERO segue seus dias metendo o pau nos alunos e suspirando "Que já não se fazem alunos como antigamente"...

Oras professor, se os meninos do século XXI não são como os de antigamente o senhor como professor precisa também se formar novamente e lançar mão de recursos diferentes dos de antigamente.

Existem pesquisas e estudos que apontam que uma das únicas profissões da atualidade onde um profissional que saísse da máquina do tempo vindo do século XIX ou XX conseguiria substituir de imediato o profissional do século XXI é o "dar aulas". Se um médico do início do século XX descesse hoje em uma sala de operação de umj hospitasl, não saberia o que fazer. Se uma cozinheira da década de 40 do século XX entrasse hoje em uma cozinha teria dificuldades para acender o fogão, e o que falar de usar um microondas ou uma geladeira... E o motorista da década de 30, menos de 100 anos atrás, teria condições de entrar em um automóvel e sair dirigindo? Talvez, nem sequer saberia dar a partida.

              
Mas o professor, este sim, poderia vir do século dezoito e até dezessete,que com certeza pegaria o livro de exercícios e o giz e tranquilamente continuaria a aula.

Oras, professor NOTA ZERO! Pare de ameaçar seus alunos, vá estudar psicologia da educação e saberás desde a década de 70 do século passado que frente à ameaça nosso cérebro funciona menos porque possui menos oxigênio que automaticamente desce para os pés, órgãos de defesa do medo.

Como o senhor, professor NOTA ZERO, pretende dar aulas a alunos que têm energia apenas nos pés? Com certeza eles querem é mais ir embora daquela sala.

Se o senhor fosse estudar um pouco de neurolinguística, ciência também do século passado, saberia que a matemática é uma ciência visual e certamente utilizaria várias cores de giz para ministrar suas explicações.

NOTA ZERO PARA O SENHOR! VÁ AMENDONTRAR ALUNOS NA CURVA DO ESCURO!

Pelo menos assim o senhor logo seria preso e condenado por estar fazendo mal à menores, mas amedrontando na sala de aula de MATEMÀTICA apenas posso dizer: Cuidado! Certamente terás que prestar contas à Deus pelos cérebros que estás destruindo em plena sala de aula.
NOTA ZERO A TODOS OS PROFESSORES QUE AMEAÇAM E PASSAM MEDO.

Nota: Este espaço é seu, desabafe, denuncie, escreva-nos contando sobre seu professor NOTA ZERO: elypaschoalick@gmail.com


Dicas dos 4 P's da Educação: Leia o livro: Professor Minuto e domine a técnica de elogio e repreensão minuto. Nas Punições aprenda a separar o FAZER do SER.


NOTA DEZ PARA A ESCOLA DA PONTE – Uma Escola Sem Muros -

Hoje quero homenagear não um professor nota dez mas uma escola nota dez, um projeto que deu certo.
É uma escola pública numa pequena cidade européia denominada Vila das Aves. Esta escola é mundialmente conhecida como Escola da Ponte mas seu nome oficial é Escola Básica Integrada das Aves/S.Tomé de Negrelos e fica em Portugal.
Mas porque este projeto é tão especial? Vou aqui enumerar algumas considerações importantes para mim:
-Foi construído por um conjunto de professores, com a participação das famílias, dos alunos e da comunidade.
-Foi desenvolvido ao longo de 25 anos e reajustado de acordo com a realidade que se apresentava no dia a dia.
-Foi realizado em uma escola pública, com recursos públicos mesmo obstante as críticas e impedimentos por parte dos próprios órgãos públicos
- Foi baseado em uma crença de que “todos podemos aprender uns com os outros, quem sabe mais deve ajudar quem tem mais dificuldades e quem aprende, aprende a seu modo.” (educação inclusiva aberta para todo tipo de aluno).
-É um projeto onde a voz ativa é da criança, a participação ativa é da criança e para a criança. Um projeto que proporciona a todos os alunos uma experiência bem sucedida de aprendizagem e de construção pessoal.
Como diz o professor José Pacheco - idealizador e realizador do projeto: “Aqui não há dificuldade de aprendizagem, porque isto é uma invenção. Há é dificuldade de ensino.”   
NOTA ZERO PARA ESCOLAS QUE ESCONDEM SUAS INCOMPETÊNCIAS ATRÁS DAS “DIFICULDADES DO ALUNO”.
NOTA DEZ PARA ESCOLAS QUE ENFRENTAM O DESAFIO DE “COMO VENCEREI ESTA DIFICULDADE DE ENSINO E MEU ALUNO APRENDERÁ?”
Nota: Este artigo, produto de um “namoro” desde 1994 com esta escola, de conversas com o professor Pacheco, foi pesquisado no link onde você poderá ler mais sobre esta fantástica e real experiência de sucesso educacional.
«A Educação é um ato de amor, por isso, um ato de coragem. Não pode temer o debate. Como aprender a discutir e a debater com uma educação que impõe?»       (Paulo Freire)

Elypaschoalick e professor José Pacheco.

Professor José Pacheco com alunos em sala de aula da Escola da Ponte – Escola sem muros.


sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Respondendo a uma professora sobre inclusão – Educação Inclusiva -

Este artigo foi publicado na coluna educação do portal da SBT: www.uipi.com.br

Recebi de um internauta a seguinte mensagem:

Encontrei seus artigos e os li, gostei muito de todos, sou professora da Educação Infantil grupo 5 anos de uma escola particular onde moro, na minha sala tenho um aluno autista, um aluno que não obedece regras e um aluno com dificuldades na escrita ele é muito perseverante, demora a fazer as atividades, mas consegue fazer do jeito dele. Peço a você que me oriente como ensinar a esses alunos. 
Desde já lhe agradeço pela atenção.
Abraços!!!



Obrigada por me escrever.

A sua demanda é grande e vou necessitar de muitos artigos para respondê-la, mas quero agradecer a fonte inspiradora que foi seu e-mail e respondê-lo em partes.

Cada vez que publicar uma das partes vou enviar uma mensagem para você ler e me responder qual foi o impacto desta resposta em sua prática escolar.

Em primeiro lugar quero parabenizar você pela preocupação do progresso e aprendizado de seus alunos pois o que devemos evitar é a inserção no lugar da inclusão.

Quando falo em evitar a inserção é necessário diferenciarmos os dois termos:

Considero a inserção o ato de matricular e permitir que o aluno conviva em um mesmo ambiente que os “ditos normais”. Embora o dicionário defina inserção como o fato de provocar uma “aderência íntima entre uma parte e a outra de um corpo”, o que mais vemos é o simples cumprimento da lei de não negar matrícula apessoas com deficiências (Artigo 208 da Constituição Federal). Isto só não basta.


 Incluir é muito mais do que fazer parte, do que matricular, do que implantar, introduzir.

Costumo dizer em treinamentos para professores onde tratamos da educação inclusiva que 

“O aluno estará incluso em sua comunidade escolar quando apresenta constantemente progressos cognitivos e progressos na construção de sua auto-imagem positiva; demonstrando que está desenvolvendo a confiança em si mesmo, se relacionando, tomando consciência de seu ser, construindo sua cidadania e conquistando sua autonomia.”


Seu relacionamento social deve ser feito de forma positiva com todos da comunidade seja criança ou adulto.
Para exemplificar outro dia fui visitar uma escola inclusiva em minha cidade e perguntei separadamente a cinco alunos o que eles achavam da aluna sicrana. (Uma aluna em processo de inclusão). Todos responderam de maneira tal que resumo descrevendo que a mesma era chata, barulhenta, atrapalhava a sala, tomava muito tempo da tia e derrubava suas coisas toda hora no chão, atrapalhando o andamento da aula.




Pergunto como andará a formação da auto-estima positiva desta aluna em inclusão se ela é rejeitada, criticada e tolerada por imposição? Com certeza não é a melhor.

O que faltou? Cuidados do professor em trabalhar o processo de inclusão com os outros alunos. A sala precisa entender e compreender as dificuldades do aluno. Uma brincadeira onde os outros alunos podem vivenciar por momentos, em alguma atividade, as dificuldades do colega; uma demonstração graduada dos pequenos progressos conquistados por aquele aluno; um comitê de ajuda formado pelos colegas; um sistema de auto-avaliação particularizado; estudos, feitos pela classe da síndrome do aluno, são pequenos recursos do dia a dia que auxiliam a inclusão.
Muitas pessoas acham que incluir é tratar as pessoas como se fossem normais, com atitudes iguais aos outros. Incluir não é tratar o especial como se fosse normal. Incluir é possibilitar que o especial se desenvolva em todas as suas potencialidades oferecendo a ele as necessidades especiais que ele possui.



Inserir a foto 27-2-

E aí vemos mais um empecilho na escola. A tendência da estrutura escolar é nivelar os alunos e aprovar aqueles que pertencem à média desejada.

Para se incluir é necessário inserir no PPP Plano Político Pedagógico da escola um outro tipo de aprovação e avaliação, que possibilite ao portador de deficiências ser medido por seus progressos e seu encaminhar para que ele possa acompanhar sua turma sócio-afetiva de colegas.

Enfim, é necessário que o ensino seja individualizado não para aquele aluno mas para todos os alunos, um ensino em que o ritmo individual de cada um seja respeitado.

Por enquanto responda a estas perguntas sobre cada um de seus três alunos citados. E você leitor se tem algum aluno com necessidades de inclusão, aproveite e responda a estas perguntas também:

<!--[if !supportLists]-->1-      <!--[endif]-->Seu aluno está mais autônomo do que era no mês passado? O que ele aprendeu a fazer sem a ajuda de outrem, ou o que ele aprendeu a obedecer sem a necessidade de um vigia? (conquistando sua autonomia)

<!--[if !supportLists]-->2-      <!--[endif]-->Seu aluno neste último mês de aula está mais confiante em si mesmo?

<!--[if !supportLists]-->3-      <!--[endif]-->Seu aluno apresenta progressos cognitivos em relação à comunicação? Raciocínio Matemático? (Pergunte em relação a cada um dos conteúdos desenvolvidos na série).

Peço que me envie suas reflexões sobre estas respostas acima.
Elypaschoalick – professora com experiências positivas de inclusão desde 1969. 

sábado, 2 de julho de 2011

EDUCAÇÃO SE FAZ COM IDEAL, GARRA E ESTUDOS


Esteve na cidade de Uberlândia o Prof. Ronnie Corazza, ator, arte-educador e contador de histórias da Ópera Cômica de São Paulo para ministrar uma palestra com o tema “ O espaço do Ateliê em diálogos diversos”no II ENCONTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL E PRÁTICAS EDUCACIONAIS.  


O Professor Ronnie apresentou suas experiências de construção de um ambiente provocador de criações e invenções que são experimentados em ateliês como os das escolas da Reggio Emília, na Itália e o de Anna Marie Holm, na Dinamarca.

O mais impressionante e significativo, para mim, foi o ambiente onde o evento se deu:

Centro Educacional Maria de Nazaré, na rua Ângelo Zocoli,593 no Bairro Custódio Pereira.


                        Presidente da ONG comigo ao centro e palestrante Prof.Ronnie Corazza
 Uma instituição filantrópica que em convênio com a Prefeitura Municipal de Uberlândia mantém uma creche que atende crianças carentes do bairro Custódio.

A Instituição dirigida pela educadora Marilda Machado Barbosa é um testemunho vivo de que educação se faz com IDEAL, GARRA E ESTUDOS

                                                Diretora do Centro Educacional Prof. Marilda

Muita gente diz que educação se faz com vontade política e com dinheiro. Sim, estes dois fatores são importantes, porém de que vale a vontade política se ela é de cumprir metas numéricas a qualquer custo e de que vale o dinheiro se ele é para recursos pseudos-pedagógicos?



Pelas fotos que você poderá apreciar neste artigo você terá a certeza de que educação se faz com IDEAL, GARRA E ESTUDOS


Nossa LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação) há muito contempla a formação continuada dos educadores, há muito contempla a inclusão, há muito contempla a individualização do ensino, há muito contempla ... mas na realidade ainda temos educadores trabalhando 8 horas por dia e recebendo abaixo do piso salarial para 4 horas/trabalho de professores...

Bem, você pode achar que estou saindo do assunto, mas não. Estou no centro do assunto, pois você verá um ambiente educacional de “primeiro mundo” (Itália e Dinamarca) onde operam educadores de IDEAL, GARRA E ESTUDOS apesar da baixa remuneração que estes convênios contemplam.   



Esta é a equipe responsável por este projeto educacional feito com IDEAL-GARRA e ESTUDOS.

                                 Estas são as mãos dos pequenos grandes artistas


Elypaschoalick – colunista – Marilda Machado Barbosa - diretora do Centro Educacional Maria de Nazaré – e Luciana Ribeiro Guimarães Carrijo – responsável pela CenárioTreinamentos e Cursos Livres – que assessora pedagogicamente este trabalho.



                      Peça artística confeccionada pelas crianças em projeto de estudos do corpo humano e o espaço sideral. 



Neste projeto do espaço sideral as crianças construiram um astronauta e já se preparam para construir um foguete. Observem que há espaço como um todo: terra -  sol - enfim, experiências para uma vida toda.




                  Cantinho da leitura. Feito para estimular nos pequenos o hábito da leitura com prazer.


Registro fotográfico do laboratório sensorial realizado com os pequenos para desenvolver o senso tátil reconhecendo e pareando diferentes espessuras de tecidos.



Móbile feito com chupetas das crianças. Peça importante nas relações afetivas das crianças menores de 4 anos.




Mais um registro de uma oficina de papel machê. Mãos que realizam são mãos que obedecem a mente criativa. Quando a criança percebe que o ambiente valoriza aquilo que ela produz, a criança sente-se amada, aceita e passa a produzir positivamente.



Auxiliar a criança a se organizar em relação ao tempo e o espaço é oferecer a ela estrutura para sua segurança afetiva e sua atuação positiva no dia à dia. 

NOTA DEZ para líderes capazes de, apesar do pequeno salário e árduo trabalho, motivar sua equipe a produzir com qualidade. 

NOTA DEZ para pessoas que estimulam a criatividade das mentes infantis.

NOTA DEZ para educadores que valorizam o fazer das crianças. 

NOTA DEZ para educadores que estudam e valorizam a arte como ação educativa.

NOTA DEZ para instituições que valorizam e aplaudem as mais simples ações artísticas das crianças e abrem espaço para a realização das mesmas. 





Educação com IDEAL, GARRA e ESTUDOS só se faz se existir uma equipe multidisciplinar. No Centro Educacional Maria de Nazaré há especialista na área de artes, coordenadora pedagógica, professor de teatro e assessoria educacional.







MARCAS DE BATOM NO BANHEIRO



Hoje vou publicar nesta coluna algo que minha mestra Branca Ivone de Araújo Hauptmann sempre me ensinou:
“Em educação não há receitas e na lida com problemas de comportamento seja sempre inusitado fazendo o inesperado”. 


O que vou relatar é uma piada, mas que muito bem ilustra o conselho acima citado:

“Contam que numa escola pública estava ocorrendo uma situação muito desagradável: meninas de 12 anos que usavam batom, todos os dias beijavam o espelho para remover o excesso de batom.

 O diretor andava bastante aborrecido, porque o zelador tinha um trabalho enorme para limpar o espelho ao final do dia. Mas, como sempre, na tarde seguinte, lá estavam as mesmas marcas de batom...

Um dia o diretor juntou o bando de meninas no banheiro e explicou pacientemente que era muito complicado limpar o espelho com todas aquelas marcas que elas faziam. Fez uma palestra de uma hora.

No dia seguinte as marcas de batom no banheiro reapareceram...

No outro dia, o diretor juntou o bando de meninas e o zelador no banheiro, e pediu ao zelador para demonstrar a dificuldade do trabalho.


O zelador imediatamente pegou um pano, molhou no vaso sanitário e passou no espelho.

Nunca mais apareceram marcas no espelho!

Moral da história: Há professores e há educadores...

Comunicar é sempre um desafio!

Às vezes, precisamos usar métodos diferentes para alcançar certos resultados”.

Fale comigo pelo: elypaschoalick@gmail.com
Saiba melhor quem é Elypaschoalick lendo aqui
Conheça os temas das palestras de Elypaschoalick




sábado, 4 de junho de 2011

NOTA DEZ PARA PROFESSORES QUE PRIORIZAM O BRINCAR

Publicado no portal UIPI na coluna PROFESSOR NOTA DEZ/ZERO



No dia 31 de maio de 2011, pela manhã, tive a grata satisfação de compartilhar da alegria de minha amiga Fabiana Gomide ao descerrar a placa comemorativa da premiação do "Selo Aqui se Brinca".

O Centro Educacional Renascer da Criança, localizado à Rua Soldado Thays Mara Ribeiro,60, Bairro Maria Rezende na periferia de Uberlândia, foi, em um universo de mais de 4 mil escolas brasileiras inscritas, uma das 18 instituições selecionada e escolhida para ser premiada com o “Selo Aqui se Brinca” na categoria BOAS PRÁTICAS DO BRINCAR.

A premiação faz parte da 3ª edição do Programa Pelo Direito de Ser Criança, realizado pela marca OMO, da Unilever, com o apoio do Instituto Sidarta e aconteceu no dia 20/04/2011, na Estação das Artes na Sala São Paulo (SP).
Com a animação da BANDA MUNICIPAL as crianças, familiares, educadores, amigos, autoridades civis e eclesiásticas estiveram abrilhantando o descerramento da placa comemorativa.

Foi um momento de muita emoção e significância na vida desta educadora, dedicada e competente, que proporciona á comunidade do Neusa Rezende um espaço de qualidade educacional, relacional e emocional onde a família encontra aconchego para seus filhos exercerem o direito de brincar e ser criança.
É uma lástima que em nosso país o sistema escolar de apenas meio período exija que, ao fazer 5 anos a criança diminua seu tempo de brincar e passe a ficar apenas sentada em uma cadeira por longas 4 horas enquanto copia de um quadro vertical e escuta as explicações de seus professores.
Começa aí grandes traumas educacionais que alimentam o sistema exclusivo educacional vigente em nossa sociedade que tem como resultado uma vergonhosa taxa de permanência do brasileiro na escola por um ínfimo tempo entre 6 e 9 anos.
Fico impressionada ao perceber que apesar de todos os estudos feitos e comprovados ao longo do século XX, a escola continua engessando nossas e nivelando-as em uma escandalosa, aceitável e comemorada, pelos políticos e educadores, média de 4-5 IDEP (Indíce de desenvolvimento da Educação Pública)  
Neste aspecto podemos comparar nosso sistema educacional à moda dos chineses antigos que forçavam os pezinhos de suas crianças a permanecerem pequenos, acreditando ser a única maneira de transformá-las em elegantes mulheres.



Fico feliz ao saber que uma entidade não governamental, bem pequena, situada na periferia, ainda sem sede própria, trabalha com crianças respeitando sua natureza, sua individualidade, seu tempo e ainda estimula seu fazer-aprender-brincando.
Isto denota que ainda temos futuro, que ainda é possível fazer práticas educacionais com tão poucos recursos financeiros.
A premiação desta escola uberlandense é um expressivo marco em nosso sistema educacional que prioriza a quantidade no lugar da qualidade, que para atender mais crianças, no lugar de criar mais espaços educacionais reduz o tempo de nossas crianças na escola.

Parabéns Fabiana Gomide!
Parabéns educadores da creche Centro Educacional Renascer da Criança!
Parabéns à equipe da Cenário Assessoria Educacional!