Este artigo foi publicado na coluna educação do MEGAMINAS.
Elypaschoalick chama a atenção para as prioridades que a escola precisa considerar neste início do século XXI.
Sabe o que aprendi no Google hoje?
Enfiar linha na agulha. Até aprendi que o ferrinho fininho que acompanha os agulheiros chama-se “enfiador” e o buraco da agulha chama-se “vão”.
Afinal, aos meus 60 anos, minha visão já não é mais tão boa. Procurei o “professor Google” e ele me ensinou como usar o enfiador.
Com o “teacher Google” aprendi também algo mais sofisticado: Por que jogam sal na neve para derretê-la e jogam sal no congelador para não pedrar os refrigerantes e gelar mais depressa?
Achei um site em inglês com uma animação interativa do efeito do sal nas moléculas de água.
Assim, pude experienciar como era a reação da água ao sal nas temperaturas que eu colocava, indo de 10 graus positivos a 40 graus abaixo de zero em segundos.
Entendi uma das complexas propriedades coligativas da química.
E o que é melhor, meu “professor Google” traduzia simultaneamente e com perfeição.
Depois desta experiência, deu para prever que a carreira dos professores “conteudistas” está por um fio...
Assim como também dão seus últimos suspiros as escolas que apenas se preocupam em transmitir o conteúdo e preparar alunos para o vestibular.
O que URGE para a escola como prioridade?
Jaques Delors autor dos 4 pilares da Educação para o século XXI:
Ser - Conviver - Fazer - Aprender
Mas, como desenvolver o espírito de pesquisa, se adotamos um só livro didático ou uma apostila?
A solução existe há mais de cem anos e foi proposta pelos educadores do Movimento que aconteceu na transição do século XIX para o XX, conhecido por “escola nova”, “escola ativa” ou “escola progressiva”.
Inspirado neles, Bernie Dodge, professor da universidade estadual da Califórnia, EUA, criou em 1995 uma proposta metodológica para usar a internet de maneira investigativa e criativa: webquest.
Bernie Dodge
Viva teacher google!
Agora basta os professores ensinarem a ser, conviver, ler, interpretar, escrever e ... se auto comandar.
Mas para isto, a solução também existe há anos e podemos citar três exemplos:
1-Casa Dei Bambini – 1907 – Doutora Maria Montessori.
3- Escola da Ponte – 1976 – Prof. José Pacheco,
principal impulsionador e animador do projeto Fazer a Ponte.
Os três SISTEMAS EDUCACIONAIS citados acima tiveram como matéria prima alunos desajustados, problemáticos, agressivos, desorganizados, que não gostavam de estudar.
Todos eles também contemplaram com sucesso o resgate do prazer de aprender e a inclusão de seus alunos como cidadãos participativos.
Viva teacher google!
Uma boa notícia: HÁ SOLUÇÃO!
Uma má notícia: NÃO SE PRATICA A SOLUÇÃO.
Uma notícia pior: A MAIORIA ANDA NA CONTRA MÃO DA SOLUÇÃO.
NOTA FINAL: Terminei de escrever este artigo e me deu um arrepio na espinha ao pensar na forma como estão experimentando o ensino em tempo integral no estado de Minas Gerais:
Em um período, fazem “tudo igual” ao tradicional e oficial meio período, e no outro, oferecem aos alunos uma porção de atividades fracionadas e intercaladas pela famigerada lição de casa, realizada pelos alunos enfileirados, sem se comunicarem, sob o vigilante olhar de um professor.
Ai! Ai! Ai! Estamos começando uma das bases para uma real reforma educacional – PERÍODO INTEGRAL NA ESCOLA – de uma maneira inadequada, que tem até a roupagem de um castigo para os alunos.
Mas esta é uma outra história que fica para uma outra vez...
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