Elypaschoalick comenta sobre duas fotos de famosa escola paulistana do século XXI e analisa os flagrantes atrasos educacionais disfarçados pela tecnologia.
Não é preciso navegar muito para flagrar os atrasos educacionais.
Muito temos que navegar para assimilarmos um novo conceito educacional capaz de desenvolver a autonomia e criatividade das crianças.
Autonomia e criatividade são duas qualidades muito desejadas no perfil do trabalhador do século XXI.
Autonomia e criatividade foram objetivos e estimuladores das bases educacionais do movimento Escola Ativa ou Escola Nova, acontecido na virada do século XIX para XX.
Autonomia e criatividade foram as bandeiras de educadores como Paulo Freire, Piaget e tantos outros.
Observem esta foto:
Autonomia e criatividade passam longe desta foto.
A foto é do século XXI, a lousa digital testemunha este fato.
Que pena! Usaram a lousa digital para ensinar as crianças desenharem uma casa estereotipada. (Crime educacional)
Uma lousa digital poderia trazer, para estas crianças, de uma maneira alegre, descontraída e científica contato com casas e moradias de todas as partes do mundo e ainda de todas as épocas da humanidade.
Imagine um professor que começa a comentar, com seus pequenos alunos, sobre a diferença entre arquitetura dos diferentes países em diferentes épocas? Você consegue imaginar como ficarão as cabecinhas destas crianças? Como o espírito de pesquisa será desenvolvido nelas?
Agora imagine uma criança do século XXI desenhando uma casinha desta que aparece na lousa digital quando lhe solicitarem: desenhe uma casa.
Podemos imaginar o quanto sua cabeça foi limitada, amarrada e ainda por cima sobre bases falsas pois dificilmente algum morador de São Paulo – capital – (Local onde está esta escola) residirá em uma casinha de porta e janela entre duas árvores como esta que foi desenhada na lousa digital.
Para confirmar minha fala, na sequencia, vemos na home da referida escola esta outra foto.
Observem o tamanho das cadeiras em proporção às crianças- e saiba que é escola que cobra bem caro por aluno – Não sei se tenho dó dos pais que pagam, das crianças que são tolidas ou dos professores que foram castrados... e desinformados)
As carteiras foram afastadas, as crianças pegaram seus lápis individuais (Cada um com seu estojinho) e foram convidadas a desenharem uma casa.
E na projeção da tela? Continua a mesma pobre e típica casinha estereotipada...
Valha-me Deus! Como diz meu mestre Dr. Feuerstein: Quem prestará contas à Deus por milhares de cérebros desperdiçados nos bancos escolares?