Publicado no numero 05 – do ano 1
– Na revista Elite –
30 dias depois foi publicado na
UIPI
ATENÇÃO PROFESSORES: a criança do século XXI já BATEU à porta e já ENTROU
em nossos lares e escolas
Perdem seu tempo e são dignos de
dó aqueles que estão lamentando ou comentando:
_As crianças de hoje não são
iguais as do meu tempo...
_Hoje as crianças já não
respeitam ninguém...
_As crianças hoje são
impossíveis...
_O que falta para as crianças de
hoje é uma boa surra...
_ Não sei mais o que faço... pois
eles não têm limite... não têm família... não têm educação...
Podemos afirmar sem sombra de
dúvidas que são pessoas “cegas” que não enxergam um palmo adiante de seus
narizes.
É claro que as crianças mudaram!
Os meios de comunicação mudaram. A velocidade com que as notícias nos chegam
acelerou. A quantidade de componentes da família diminuiu...
Observem este bebê no cadeirão! A foto conseguiu reunir chupeta e tecnologia:
Vamos apenas analisar o aspecto
roupa:
Hoje não se usa mais cueiros
apertados, faixas de umbigo, fraldas de pano, copos de vidro ou alumínio que
quebram ou amassam.
Tais objetos limitavam os
movimentos de nossos bebês e consequentemente, hoje eles são muito mais livres
e ativos.
Hoje são oferecidos às crianças
um número muito maior de objetos para interagir e consequentemente nossos bebês
são mais curiosos e habilidosos.
É claro que este bebê possui mais
precisão em seus movimentos onde o polegar é opositor ao dedo indicador. Este
chamado “movimento de pinça” requer um cérebro pensante para realizá-lo. Nós, homens
racionais, somos os únicos animais capazes de opor tais dedos para apreender
objetos.
Sabendo-se disto sabemos também
que o cérebro desta criança possui mais sinapses cerebrais do que o cérebro de
seus pais.
Vocês conseguem imaginar que
tortura será para esta criança quando ela for a uma escola em que vai exigir,
em nome de educá-la para a vida social, que ela permaneça um longo tempo
enfileirada, proibida de se comunicar com os colegas ao lado e tal escola vai obrigar
que ela deixe para fora da sala de aula sua chupeta e seu tablet?
Pronto, está feito o cenário de
terror e tortura que as salas de aula hoje representam para seus aluninhos e o
efeito “estouro da boiada” ou “estouro da panela de pressão” que acontece ao final das aulas ou nos
intervalos escolares, denominados recreio onde as crianças se agridem e se esmeram
nas técnicas de provocar o bullying, ser vítima de bullying ou simplesmente ser
expectador de tais ações achatadoras da dignidade humana.
Pais, professores! Estudem mais
sobre ações e reações! Informem-se mais sobre as experiências educacionais
realizadas no início do século XX pelo movimento Escola Nova ou Escola
Ativa. Leiam mais sobre a formação da
auto-estima e as experiências emocionais realizadas nas décadas de 60-70 pelos
cientistas de comportamento humano.
Não dá mais para “lavar as mãos”
à lá Pôncio Pilatos.
Vamos assumir nossas crianças em
seu tempo e espaço, respeitá-las e desenvolver sua socialização e criatividade
ensinando-as a escolher, pensar e discernir em suas escolhas.
Urge cada vez mais que as
crianças de hoje desenvolvam o autocontrole e a auto-educação para serem
sujeitos e construtores de seus conhecimentos.
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