terça-feira, 3 de setembro de 2013

Complemento na formação acadêmica do professor é a solução?



A Educadora ElyPaschoalick responde ao questionamento feito em uma rede social:  

Questionamento: Vocês não acham que os educadores deveriam ter, como complemento na formação acadêmica, um curso voltado para reconhecer problemas com TDA, TDAH, dislexia, processamento auditivo central, etc. ?

Resposta da Ely: 

 Não é a qualificação do profissional a questão.







Se hoje colocarmos um profissional com todo o entendimento e didática para atender crianças ou adolescentes com dislexia, TDH ou outras necessidades ministrando aulas coletivas de um determinado assunto, tratado em um determinado livro, em 50 minutos, com todos os alunos enfileirados, tal profissional se sentirá tão preso e amarrado quanto um que nada sabe.

O que precisamos é quebrar paradigmas dos séculos XVIII e XIX e libertar o sistema educacional das amarras que são as provas, as notas, o ensino coletivo, a aula frontal para alunos enfileirados, as séries, a seleção por faixa etária, a grade curricular...

O que necessitamos é resgatar as práticas educacionais que fluíam muito bem antes da ditadura militar nos colégios vocacionais e outras escolas experimentais.

O que necessitamos é dar visibilidade a modelos educacionais que se praticam hoje em escolas que conseguiram conquistar a tão sonhada e determinada pela LDB 9394/96, autonomia gerencial, didática-pedagógica como a Escola Municipal Amorim Lima em SãoPaulo.


O que necessitamos é criar comunidades educativas como as defendidas pelo conceito Educação Integral. 






 Sem um sistema educacional que permita criar vínculos afetivos entre professor e alunos, sem um sistema educacional que permita o ensino individualizado respeitando o ritmo de cada um e ensinando-os a viver, conviver, fazer e aprender em grupo, não é possível praticar uma pedagogia que  garanta a todos e a cada um o direito de aprender. 

E ainda afirmo mais: Não são apenas os dislexos e TDHs que sofrem com este sistema. Sofrem também os de altas habilidades, os com pequenas ou grandes dificuldades motoras, os professores, os pais, o mercado de trabalho e a pátria amada Brasil.

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