Este artigo foi publicado no site: www.uipi-coluna-notazero/notadez e no blog
Elypaschoalick condena a prática disciplinar de colocar alunos para fora da sala e dá nota zero aos professores que assim agem.
Sempre em minhas palestras alerto os profissionais da educação o quanto é exclusiva a prática de colocar aluno para fora da sala de aula por problemas de comportamento.
Vários são os motivos para condenar esta prática e vou listar alguns deles abaixo:
1: Não resolve o problema do aluno.
2: O aluno se revolta e não se propõe a mudanças comportamentais.
3: Afasta emocionalmente o aluno do professor.
4: Aproxima dos colegas o aluno vítima evidenciando o mau comportamento como algo merecedor de admiração.
5: Quase sempre é um ato de injustiça pois o professor acaba praticando-o quando sua tolerância foi ao limite. Porisso que gera sempre um aluno dizendo uma destas frases:
“Não fui só eu!”; “O professor pegou no meu pé!”; “Isto é perseguição pois todo mundo estava do mesmo jeito e ele só botou eu para fora”.
Colocar alunos para fora da sala de aula é andar na contra-mão da inclusão escolar.
Você pode estar perguntando: mas se não surte efeito porque é tão utilizada?
A resposta é simples: A tecnica oferece uma sensação de poder e alívio ao professor que pensa estar resolvendo o problema do aluno mas na verdade está apenas dando uma tregua para o seu próprio problema de inabilidade como professor.
NOTA ZERO para professores que colocam alunos para fora da sala de aula.
NOTA ZERO para escolas que permitem esta prática.
Muito bom Ely,muito bem analizado. A conclusão:"está só dando uma trégua para sua própria inabilidade " Essa frase é para pensar muito.
ResponderExcluirComo sempre a sua lucidez como educadora é um fato.
Parabéns.Ely
Beijos
Maria Eliza
Falar mal dos professores é fácil, sobretudo quando não se formou para ser um.
ResponderExcluirEnganado estás anônimo. Formei-me e sempre exerci e exerço a profissão. Com amor e competência. Pratico inclusão antes mesmo de se pensar em lei. Aliás, em um tempo em que se considerava "loucura" misturar alunos diferentes juntos em uma mesma sala.
ExcluirÉ uma pena que não tenhas colocado seu nome e e-mail para que eu pudesse ter certeza de que lestes meu comentário.
E não estou falando mal de professores mas sim, registrando a inadequação e ineficiência de uma conduta que PREMIA o aluno no lugar de resgastá-lo ao aprendizado.
Ely Paschoalick
Que engano você está cometendo, meu caro anônimo, não só sou formada no magistério como tenho 44 anos de carreira dos quais,20 foram em contato direto como regente de sala de aula no Ensino Fundamental e 24 trabalhando na formação de professores.Lecionei para várias turmas com 40 alunos, turmas multi-seriadas, alunos superdotados e portadores de necessidades especiais. Quero muito me relacionar com você para que possamos nos conhecer melhor e trocarmos idéias e experiências sobre educação. Houve um tempo em que eu era inábil e cometia muitos erros como este de colocar alunos para fora. Minha mãe, professora alfabetizadora de menores abandonados, me disse: "Ou você tem dignidade e pede demissão deixando sua vaga para quem sabe lecionar, ou você vai estudar e aprender a lidar com todo tipo de aluno". Eu,apesar de já diplomada, optei por estudar mais e fui me especializar. Até hoje, passados 43 anos desta conversa com minha mãe, ainda estou estudando e aprendendo. Carinhosamente e respeitosamente envio-lhe meu abraço amigo Elypaschoalick
ResponderExcluirEntão me diga em vez de colocar pra fora da sala que atitude o professor deve tomar em vez de tirar o aluno bagunceiro pra fora? Como colocar limite em um aluno pestinha? Abços
ResponderExcluirQuando o aluno bagunça a intenção é tirar o professor do sério. Ao ser posto para fora ele consegue o que queria e ainda terá a desculpa de que queria assistir aula e a professora o expulsou, porém o deixando na sala o professor demonstrará seu autocontrole e o fará repensar determinadas atitudes. Digo isso por experiência própria...
ExcluirAluno para fora de sala e suspenso é uma ótima para ele. Chamar atenção do aluno na frente de todos mesmo estando errado é uma afronta com sensação de humilhação. Chamar o aluno distante dos olhos dos colegas com uma conversa franca e sincera mostrando ao aluno o quanto ele esta perdendo com tudo aquilo. Normalmente funciona e evita muitos confrontos entre aluno e professor.
ExcluirPara você que me pergunta o que fazer para resolver problemas de comportamento sem colocar para fora da sala de aula: É lógico que não tenho resposta pronta pois se a tivesse a teria escrito no artigo. Sei o que não se deve fazer e isto já escrevi. Aqui posso comentar que, geralmente eses problemas necessitam ser resolvidos distante do ambiente da sala de aula e em particular: professor e aluno. Conversar na frente de todos só se no ambiente há a prática de assembleias, que no sinal é uma estratégia que geralmente evita a maioria dos problemas comportamentais. Sabe por que? Envolver a própria pessoa na construção das regras e na obediência das mesmas é um excelente caminho para desenvolver o senso ético dos alunos. Em minha experiência com inúmeros alunos que apresentavam problemas comportamentais consegui um ambiente de paz e desenvolvimento quando desenvolvi um vínculo afetivo com o aluno. Penso e defendo que tudo se inicia na carência e na sensação de rejeição ou inferioridade e tudo se finaliza no amor e na sensação de aceitação e igualdade. Podemos conversar mais sobre isto.
ExcluirPassados mais dois anos de minhas palavras, venho reafirmar que a resposta para tudo é VÍNCULO AFETIVO. Quando o professor cria vínculo afetivo com o estudante este não lhe desrespeita. Alguém aí tem um testemunho que prove ao contrário? Se sim, por favor, registre aqui. Mudar a Escola, Melhorar a Educação; Transformar um país.
ExcluirA solução está em criar vínculos afetivos com o aluno problema. Não será fácil pois o mesmo estará sempre na defensiva, mas garanto que é possível. Sugiro que comece a se relacionar fora da sala de aula, interesse-se por ele, por suas coisas, por sua vida, por sua amizade. Não é a solução mas é o início do caminho para a solução.
ExcluirEm primeiro lugar CRER NA CAPACIDADE DO SER HUMANO DE MUDAR, MELHORAR, SE SUPERAR.
ResponderExcluirEm segundo lugar LEVAR O ALUNO A SE COMPROMISSAR COM O BOM, para isto é necessário enchergar O BOM QUE ELE POSSUI.
Coloque óculos grandes carinhosos para flagrar o certo que com certeza os pestinhas possuem.
Coloque firmeza na voz para interromper o erro e repreender de imediato.
Mas eu não quero dar uma receita e sim dizer que é possível e a solução está no relacionamento com o aluno. Na crença em suas capacidades de mudar, na crença de que ele tem solução.
É preciso estabelecer um relacionamento x de maneira que ao ser repreendido o aluno compreenda que ele, aluno é bom, e que você confia em sua capacidade de bem se comportar.
Colocar o aluno para fora é dizer-lhe: Continue sendo assim errado, mas longe de mim e dos bons pois seu mau é tão mau que contamina e nos faz mau.
Muitas vezes o problema está nos pais e não nos alunos. As vezes o professor repreende as atitudes erradas dos alunos, acredita na sua capacidade de mudança, fazem de tudo para oferecer oportunidades e coisas boas aos alunos e no entanto chega o fim do dia e os pais conseguem estragar todo o progresso que a prof conseguiu. Se é chamado os pais na escola para conversar sobre seu filho é pq o prof não tem competência, esta pegando no pé de seu filho, está mentindo e insinua tantas coisas que o educador não tem nem sequer a chance de se defender ou de abrir os olhos desses pobres pais. Ex.: o professor ensina aos seus alunos que é preciso ter dialogo entre os colegas para resolver algum conflito e os pais dizem aos seus filhos para bater em quem ousar perturbar eles. Lógico que nem todos os pais são assim mas, infelizmente, existem muitos desses.
ResponderExcluirCompreendo seu ponto de vista mas insisto que a Escola deve ter profissionais capacitados e se a escola atende alunos e atrás de todo aluno tem uma família faz parte da capacitação deste profissional atender a família. É meio complexo e parece utópico mas é possível e verdadeiro. Um abraço Ely
ExcluirDona Ely,
ResponderExcluirSinto profundamente orgulhoso de ver que o meu país produz profissionais da Educação como a senhora. E com humildade digo que partilho do mesmo discernimento que foi tão bem exposto pela senhora.
Parabéns! Se todos os educadores fossem como a senhora a Educação nesse país seria bem diferente!
Abraço,
Seu colega de profissão,
Professor Ângelo PCP de uma escola pública do Ensino Fundamental - 20 anos de atuação como professor.
Professora Ely,
ResponderExcluirSua posição frente ao assunto é muito pertinente. Gostaria que todos tivessem seu discernimento. Num tempo de inclusão mandar aluno para fora é no mínimo caminhar na contramão.
Parabéns pela sua exposição do assunto.
Abraços.
Caro colega Prof. Ângelo! Como fico feliz com seu comentário porque vem testemunhar que é possível fazer de outro jeito. Às vezes é tão comum, usual e constante colocar alunos para fora da sala que quem vive neste ambiente nem sequer consegue imaginar RESOLVER a situação de uma maneira diferente. Lembro-me do Mito da Caverna, quando a pessoa volta para explicar aos amarrados que tudo aquilo eram apenas sombras, os que estão na caverna o consideram louco. Lembro-me da Bíblia, quando Josué e Calebre retornam de expiar a terra e procuram convenser os outros que Deus os pode fortalecer para vencerem os gigantes, a população quer apedrejá-los. È DESSE JEITO!!!!!
Excluirconcordo que não se teve tirar o aluno fora da sala, mais como lidar ou ajudar alguem a superar essa situação? Tenho uma amiga que sempre coloca o aluno fora da sala de aula, ela esta errada mais não aceita alunos indiscipliando.
ResponderExcluirobrigada
abraço
Mas eu não quero dar uma receita e sim dizer que é possível e a solução está no relacionamento com o aluno. Na crença em suas capacidades de mudar, na crença de que ele tem solução.
ExcluirSinto-me profundamente magoada com as palavras que li neste blog... conversando com professores? Não, aqui estão puramente criticando à todos quando muitos fazem de sua profissão uma arte, com amor, com paixão pelos alunos. Por tantas palavras que ouvimos e lemos, bons professores estão largando sua profissão e ficam apenas aqueles que não estão nem aí com as críticas. Hoje são professores como passa tempo, para ganhar um dinheirinho e amanhã, nem olham para tras. Eu, trabalho na alfabetização a mais de 15 anos, vou todos os dias ao meu trabalho por amor aos meus pequeninos que diferente de muitos, me trazem palavras doces e de incentivo: me sinto a melhor pessoa do mundo! Se as escolas estão sendo refugio de delinquentes, se bons alunos estão sendo maltratados por maus alunos, se professores estão sendo agredidos, não é culpa da gente. Fazemos o máximo para que a escola seja uma família, enquanto que outros apoiam aqueles que agridem, que humilham, que fazem bagunça na sala de aula, que não deixam a maioria se concentrar... e aí, deixá-lo dentro da sala de aula é um prêmio para ele, estaremos aceitando sua falta de educação. Estaremos nos fazendo de cegos e surdos, e isso é justo para a amioria que veio à escola para crescer? Quero uma profissão com respeito, quero ouvir falar dos bons professores, quero me orgulhar dessa profissão que escolhi quando pequena e não é assim que vocês estarão ajudando...
ResponderExcluirÉ um premio para o aluno ficar fora da sala de aula. O aluno não tem o discernimento suficiente para saber que o errado hoje pode lhe trazer consequências no amanhã.
ExcluirQuerido anônimo, não é e nem foi minha intenção magoar ninguém e sim conscientizar e alertar. Se você é um professor que não pratica estes descalabros, ou os pratica e acaba alavancando aquele que não queria se comportar na sala para um patamar de aprendizado, que bom! Continue assim e nos escreva relatando suas experiências de transformação de seus alunos que teremos o maior prazer ao publicá-las.
ExcluirQuero convidá-la a pensar que esta filosofia de que a escola deve contemplar a maioria é uma filosofia excludente além de ser ela que fez Pôncio Pilatos lavar suas mãos e determinar a crucificação de Cristo. Leia meu artigo sobre "Quem prestará contas a Deus por milhares de cérebros desperdiçados nos bancos escolares?"
Sou aluno, quero lhe fazer uma pergunta professora, a senhora novamente está se fazendo de cega, surda e muda novamente diante as situações cotidianas?
ExcluirA senhora da aula pra "pequeninos" como a senhora disse, esse comentário não cabe a você, espero, como não cabe a muitos professores, olhe para o hoje, o mundo está perigoso e não são todos os alunos nem os professores de boa índole, não são apenas os alunos que cometem erros!
Interessante Patrick, nas décadas de 60 e 70 fui professora de um menino no período entre 9 e 13 anos. Este meu aluno era seu xará: Patrick Martin. Ele era francês e morava na cidade de São Bernanrdo dos Campos. Um menino muito inteligente, questionador e que deu muito trabalho até que estabelecemos amizade, carinho, respeito e até hoje, passados quase 40 anos ainda nos correspondemos através da net. Vinculo afetivo é assim, passam os anos e ele não se quebra e um torce e vibra com as conquistas do outro. Agora, quanto a sua dedução de que eu leciono para pequenos e que me faço de surda e cega para a bagunça dos alunos são dois grandes enganos seu. Ministro aulas para pequenos, grandes, idosos, jovens e profissionais e creio e exerço a máxima de que é um dever do educador interromper atitudes erradas dos educandos. Mas não é só interromper e já considerar o assunto resolvido e o que é pior, esperar que o fato de ter interrompido aquele comportamento errado o educando seja filho ou aluno deixará de repetir aquele comportamento.
ExcluirSe você quiser conversar mais pode me escrever. Um abraço Patrick Martins.
Concordo....
ExcluirExistem "educadores", que com suas teorias, não estão contribuindo em nada para a educação. Professores citam Paulo Freire o tempo todo para falar de educação publica, mas colocam seus filhos em escolas tradicionais e tecnicistas para que vençam na vida. Não me venham com papo furado de afagar delinquentes...
Gostei da sua colocação. Vejo que você tem conhecimento de causa dentro da Educação e sabe lidar com as Utopias que esta área oferece com muita frequência, que em alguns lugares até podem dar certo, mas na maioria não. É justo que um, dois ou cinco alunos atrapalhem uma sala com 40 alunos? Ao aluno que bagunça e não tem propósitos com seus estudos, nem para sua vida, o profissional/professor, pode colocar um Boeing dentro da sala que ele nem percebe.
ResponderExcluirRealmente você tocou no ponto X da questão: O Sistema de Ensino injusto e obsoleto que praticamos no dia a dia da escola como se nossos alunos fossem crianças e adolescentes do século XIX. É justo condenar 40 crianças ou adolescentes, em pleno século da comunicação e do conhecimento, ficarem imóveis e silenciosos por 50 minutos assistindo a uma exposição de um assunto que ele não escolheu, que não faz parte de seu interesse e que lhe é imposto por um sistema ditatorial e excludente? Há maneiras de fazer este aluno ser um sujeito ativo na construção do conhecimento que lhe interessa e que a sociedade considera que lhe é importante. Quero apenas alertar que há como fazer diferente: Acabar com as aulas, com as provas, com as séries e construir um outro sistema de ensino.
ExcluirSó tenho uma pergunta meio crítica... sou aluno fui expulso de sala umas duas vezes. Qual é o tratamento correto a fazer com o aluno DENTRO DA SALA DE AULA?
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirResponda-me sinceramente a pergunta abaixo. Seja sincero da mesma maneira que você tem demonstrado ser em todos seus comentários:
Excluir1-Se você perceber que seu professor lhe admira, confia em você e acredita que você é capaz, você tem coragem ou estímulo para se comportar da mesma maneira que se comportou nas duas vezes em que foi colocado para fora da sala de aula?
Prezada Educadora, a prática aqui condenada culpa exclusivamente o professor. Cabe aqui um argumento a respeito da coordenação pedagógica. O que é feito com um aluno, além da análise dos fatos, por esta equipe quando acontece tal ocorrido? Em minha concepção professores não são únicos responsáveis pela educação e transmissão de valores dentro do ambiente educacional. Há situações em que, para não se perder a autonomia dentro de uma sala o educador pode utilizar este recurso, mas vai dá análise da situação. Por favor cite experiencias, em escolas públicas, onde a coordenação pedagógica avalia condições emocionais e comportamentais de um aluno. Grato.
ResponderExcluirEntrei hoje e li algumas considerações. Acredito muito no ser humano, porém procuro diversificar as atividades para que se torne interessante para esse aluno. Busco traze-lo pro meu lado, conquistando -os aos poucos e tentando convencê-lo de que aquele comportamento foge às regras impostas pela sociedade. Se percebo que o problema é familiar, aproveito para mostrar que tipo de vida ele quer ter. Na maioria das vezes obtenho sucesso. Uso minha história de vida para incentivá-los.
ResponderExcluirOlá ...
ResponderExcluirEu como mãe de um aluno de emei de apenas 4 anos leio este assunto e me pergunto o que leva uma professora colocar um aluno novo na escola com problema de socialização pra fora?!
Se livrar de um problema de apenas 4 anos e o certo? O que este aluno fez que a deixou tão no limite ao ponto de não querer que ele participe das atividades.
Costumo sempre olhar os dois lados sei que meu filho não e santo, mais sim uma criança de apenas 4 anos.
Concordo que não é o recurso mais adequado se "desfazer do problema" colocando o aluno pra fora da sala. Porém, em alguns casos e diante da inabilidade do professor resolver a situação por outros meios, não seria essa uma opção para não haver prejuízo da maioria dos alunos?
ResponderExcluirola. Como enfrente esse problema na escola onde comecei a trabalhar há duas semanas, penso também na importancia e necessidade do vinculo afetivo em vários casos. Como orientadora educacional, procuro ter esse vinculo com os alunos retirados da sala, pois preciso que confiem em mim e uso o diálogo com o"moeda de troca". Mas como convencer um professor a mudar essa pratica??????
ResponderExcluir